Música: "Gentle Moon"
Artista: Sun Kil Moon (Estados Unidos)
Todas as estrelas podem brilhar, assim como todos os corações podem ser aquecidos. Desolado em meio ao caos da cidade, em uma noite em que o congestionamento passou das dezenove horas, ele nada mais tinha o que fazer enquanto esperava o alívio no trânsito. Era apenas ele e o céu. Lá em cima, naturais pontos luminosos no azul escuro da noite. Aqui, em terra firme, frenéticos pontos luminosos artificiais. Estava entre a contemplação e a obrigação.
Sabe que, segundo contos urbanos, uma estrela que o indivíduo vê no céu pode já não mais existir. É a tal diferença anos luz entre os acontecimentos do universo e o movimento da Terra. Pensa que é capaz de ainda conseguir ver o ponto de luz sumir, de tanto tempo que está e ainda permanecerá em meio a carros, ônibus, caminhões.
As lanternas dos veículos - e da cidade -, incessantes, o faz subverter os aprendizados científicos. A estrela ainda brilha diante os olhos e isso é o que importa. Para o resto do universo, está morta. Para ele, ela ainda é charmosa, viva, capaz de lhe roubar instantes de atenção. Mesmo distante, o brilho chegou ao íntimo.
Então quis manter o foco naquela estrela, tão distante dos olhos e, ao mesmo tempo, de brilho tão intenso que é capaz de aquecer o coração. O exercício deve ser eterno, sem ruídos alheios, sem devaneios. A estrela nunca morrerá, é o que roga, é o que almeja para que, assim, possa seguir viagem.
Sabe que, segundo contos urbanos, uma estrela que o indivíduo vê no céu pode já não mais existir. É a tal diferença anos luz entre os acontecimentos do universo e o movimento da Terra. Pensa que é capaz de ainda conseguir ver o ponto de luz sumir, de tanto tempo que está e ainda permanecerá em meio a carros, ônibus, caminhões.
As lanternas dos veículos - e da cidade -, incessantes, o faz subverter os aprendizados científicos. A estrela ainda brilha diante os olhos e isso é o que importa. Para o resto do universo, está morta. Para ele, ela ainda é charmosa, viva, capaz de lhe roubar instantes de atenção. Mesmo distante, o brilho chegou ao íntimo.
Então quis manter o foco naquela estrela, tão distante dos olhos e, ao mesmo tempo, de brilho tão intenso que é capaz de aquecer o coração. O exercício deve ser eterno, sem ruídos alheios, sem devaneios. A estrela nunca morrerá, é o que roga, é o que almeja para que, assim, possa seguir viagem.
Muito bonito, Tedão! Adorei!
ResponderExcluirNossa, lindo mesmo
ResponderExcluirQuem dera se mais gente se lembrasse também dessas coisas pequenas da vida que a tornam tão especial..
...seguir viagem, viver na contra-mao.
ResponderExcluirJoia.
(e eu to sem acento)